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Nossa Missão

Nossa Missão: “Resgatar a auto estima e despertar a cidadania das crianças e adolescentes de Boracéia e região, por meio de iniciativas educacionais, culturais e esportivas, visando à criação de oportunidades futuras para o bem-estar de toda comunidade”.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012


MULHER – direitos que ainda desconheço

PARTICIPAÇÃO DA MULHER NA POLÍTICA PARTIDÁRIA

A participação efetiva da mulher na vida política partidária é uma conquista de nosso passado recente. A razão para exercer este direito está relacionada ao preconceito quanto à participação da mulher na vida pública, na vida política. Ingressou ela, neste cenário, pouco preparada para competir em igualdade de condições com os homens. A luta pela representação equitativa das mulheres na política é árdua e se dá em duas frentes. Primeiramente, vencer a resistência dos partidos que não oferece pleno apoio e  investimentos para a candidatura de mulheres, não dando, ainda, valor suficiente à importância do trabalho das mulheres nas instâncias políticas. Em segundo lugar, a questão cultural, fazendo com que as mulheres, tomem a consciência de que o mundo político também é seu lugar. Há o medo masculino de que elas possam ocupar espaços, compartilhar o poder e, também, receio desta rebeldia feminina  de ousar ter opinião própria, diferente de seus maridos e pais, votando independentemente e,  pior, serem votadas. Nos anos 50 e 60, os dados obtidos através de diferentes análises do comportamento eleitoral, participação partidária, representação parlamentar e sondagens de opinião, mostravam a imagem da mulher dedicada ao lar e afastada do mundo da política. Reforçava-se assim, a opinião tradicional da mulher pertencente ao domínio familiar e privado, e do homem ligado ao domínio de atividade pública, na qual se inclui a participação política. Sabemos que é no espaço doméstico que muitas mulheres constroem suas vidas, mas, tal fato não pode ser entendido como sinônimo de isolamento ou conservadorismo, mas sim como uma escolha pessoal. Nos anos 60, ressurge o novo feminismo, apoiado principalmente no livro da escritora francesa Simone de Beauvoir, “O segundo Seco”, publicado em 1949, que trata do psicológico da mulher e seus condicionamentos, é famosa sua frase “Não se nasce mulher: torna-se mulher“. Marcou um a nova etapa do feminismo a publicação de “ A mística Feminina “ da americana Betty Friedm, este livro procura explicar a angústia do eterno feminino, da mulher sedutora, frágil e submissa. A insatisfação, com seu cotidiano, vai aumentando e as mulheres, agora com mais educação, vão à luta por direitos. Eva Blay, ao estudar o período de 1964 a 1982 no Brasil, discute a conquista da cidadania pela mulher, assinalando que os diversos movimentos com participação feminina, inclusive sindical, se constituem num conjunto que levou à apropriação do espaço público e à reformulação deste mesmo espaço. Quando se considera a vivência de participação das mulheres nos movimentos populares, politiza-se o privado, dá-se existência a uma experiência  até  então silenciada e, por este caminho, abre-se a possibilidade de pensar a mudança. Valoriza-se a necessidade de superar a visão das mulheres como essencial e naturalmente apolíticas, buscando novas referências teóricas para analisar o comportamento político feminino. Desde a colonização do Brasil as mulheres não tiveram, democraticamente, o direito de escolher os seus representantes políticos, havendo uma perda democrática de gênero no Brasil, uma vez que, mesmo podendo eleger e ser eleita, poucas mulheres venceram as resistências e ousaram  se candidatar aos cargos legislativos, sendo que uma percentagem ainda menor conseguiu fazer parte do seleto grupo de eleitos. Quando se fala em desigualdade de gênero está-se falando na existência de diferenças socialmente construídas entre homens e mulheres. Por ser o sexo diferente é o que justifica, para muitos, os homens terem mais poder.

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