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Nossa Missão

Nossa Missão: “Resgatar a auto estima e despertar a cidadania das crianças e adolescentes de Boracéia e região, por meio de iniciativas educacionais, culturais e esportivas, visando à criação de oportunidades futuras para o bem-estar de toda comunidade”.

terça-feira, 25 de setembro de 2012


NOSSOS FILHOS NÃO SÃO MAIS OS MESMOS. E AGORA?

Antigamente, droga era considerada “coisa de marginal“, do filho do vizinho. Era muito raro descobrir que o filho do vizinho, que cresceu junto com o nosso filho, freqüentou nossa casa, se tornou “um drogado“. Quando os pais percebiam que o filho estava andando com más companhias, tratavam de cortar a amizade, com o objetivo de evitar a “má influência”. Esse “antigamente“ de que falamos é algo de poucos anos atrás. Sim, porque é fato que muitos jovens usaram, usam e usarão drogas, ao menos por um período, a título de experimentação. Mas, hoje infelizmente, os jovens experimentam vários tipos de drogas, cada vez mais cedo e numa intensidade assustadora. E onde está o erro ? Nos pais, que não souberam educar? Na Internet, que ensina tanta “coisa errada“. Nas amizades perigosas? Na falta de referenciais e valores da nossa sociedade? Pode ser que nenhum destes motivos baste para explicar isso. Habitualmente vemos jovens de famílias estruturadas e com pais dotados de capacidade para educar de modo adequado seus filhos e que, mesmo assim, podem se deparar com uma ou outra substância e “perderem o passo” com elas. O que aconteceu? Prenderam demais? Soltaram demais? Nem sempre se consegue explicar.
Em geral, a primeira reação dos pais é de espanto. E do espanto brotam as atitudes extremadas, na ânsia de corrigir um erro que pensam ter cometido: surra, castigos, retaliações, internações em clínicas especializadas. O que poderia ser, em alguns casos apenas um uso experimental fica rotulado para sempre como “dependência química“ e esse tal menino, agora rotulado “dependente“ vai carregar para sempre esse “emblema“, que trará conseqüências danosas ao longo de sua vida, pois existem alternativas de tratamento que podem ser tão ou mais eficazes quanto uma internação. Como diz o ditado, “onde há fumaça, há fogo“ e, quando o assunto é droga, isso pode ser verdade. Na maioria das vezes, antes mesmo da “grande descoberta, ao achar um cigarro de maconha, ou um cachimbo de crack escondidos, os jovens já dão sinais de mudanças que, ou passam desapercebidos, ou são inconscientemente ignorados pelos pais, muitas vezes pelo medo da verdade. Mudança de comportamento, alterações de sono, comportamento estranhos, irritabilidade. Muitas vezes esses sinais são ingenuamente interpretados como crises típicas da adolescência e na verdade, por trás dessas mudanças, podem estar ocultos o uso de drogas e patologias psiquiátricas. Quando os pais percebem mudanças no comportamento dos filhos, ´[e errado começar pela “inspeção“, fuçando nas coisas ou fazendo teste de droga sem o conhecimento deles. O ideal é tentar, primeiro, uma conversa amigável e oferecer a possibilidade de algum tipo de aconselhamento com profissional capacitado. Frente à rebeldia e à atitude de negação por parte dos jovens. Recomendamos que os pais busquem orientação com profissional capacitado. Grupos de apoio aos pais fazem com que eles aprendam a lidar melhor com o problema e, conseqüentemente, acabam conseguindo conduzir o jovem ao tratamento.

Jornal A tribuna de Santos

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