NOSSOS FILHOS NÃO SÃO MAIS OS MESMOS. E AGORA?

Em geral, a primeira reação
dos pais é de espanto. E do espanto brotam as atitudes extremadas, na ânsia de
corrigir um erro que pensam ter cometido: surra, castigos, retaliações,
internações em clínicas especializadas. O que poderia ser, em alguns casos
apenas um uso experimental fica rotulado para sempre como “dependência química“
e esse tal menino, agora rotulado “dependente“ vai carregar para sempre esse
“emblema“, que trará conseqüências danosas ao longo de sua vida, pois existem
alternativas de tratamento que podem ser tão ou mais eficazes quanto uma
internação. Como diz o ditado, “onde há fumaça, há fogo“ e, quando o assunto é
droga, isso pode ser verdade. Na maioria das vezes, antes mesmo da “grande
descoberta, ao achar um cigarro de maconha, ou um cachimbo de crack escondidos,
os jovens já dão sinais de mudanças que, ou passam desapercebidos, ou são
inconscientemente ignorados pelos pais, muitas vezes pelo medo da verdade.
Mudança de comportamento, alterações de sono, comportamento estranhos,
irritabilidade. Muitas vezes esses sinais são ingenuamente interpretados como
crises típicas da adolescência e na verdade, por trás dessas mudanças, podem
estar ocultos o uso de drogas e patologias psiquiátricas. Quando os pais
percebem mudanças no comportamento dos filhos, ´[e errado começar pela
“inspeção“, fuçando nas coisas ou fazendo teste de droga sem o conhecimento
deles. O ideal é tentar, primeiro, uma conversa amigável e oferecer a
possibilidade de algum tipo de aconselhamento com profissional capacitado.
Frente à rebeldia e à atitude de negação por parte dos jovens. Recomendamos que
os pais busquem orientação com profissional capacitado. Grupos de apoio aos
pais fazem com que eles aprendam a lidar melhor com o problema e,
conseqüentemente, acabam conseguindo conduzir o jovem ao tratamento.
Jornal
A tribuna de Santos
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