MULHER – DIREITOS QUE
AINDA DESCONHEÇO
PORQUE POLÍTICAS PARA
MULHERES?
- Porque o tráfico nacional e internacional de mulheres e meninas é crime. Cerca de 900 mulheres em geral com idade entre 18 a 21 anos e baixa escolaridade, são levadas todos os anos do Brasil para o exterior por redes internacionais de exploração sexual, de acordo com o relatório anual do Congresso dos Estados unidos da América, sobre tráfico de serem humanos.
- Porque a mortalidade materna precisa ser eliminada. No Brasil, morrem anualmente mais de duas mil mulheres e mais de trinta e oito mil recém-nascidos por complicação de gravidez, aborto, do parto ou no pòs-parto. Quase todas essas mortes poderiam ser evitadas se o direto das mulheres e recém nascidos fossem garantidos.
- Porque a mulher ainda é tratada como objeto e o assédio sexual e moral são formas de violência. Ainda existem muitas denúncias de assédio sexual e moral no mundo do trabalho que constrangem e humilham as mulheres, impedindo, muitas vezes, o seu pleno desenvolvimento profissional. A representação que a mídia e a publicidade imprimem à imagem da mulher é ainda estereotipada e repleta de preconceitos.
- Porque a mulher sofre com a não incorporação do recorte de gênero nas políticas públicas. É preciso incorporar as necessidades e demandas específicas das mulheres na formulação e implementação das políticas públicas no âmbito municipal, estadual e federal.
- Porque mulheres, de qualquer etnia, nas lavouras, junto aos fornos de fazer carvão etc., carregam atrás de si seus filhos desde recém nascidos, que não terão infância, saúde ou moradia digna e educação.
- Porque muitas mulheres vêm suas filhas ainda menores se prostituindo nas barcaças que cortam os rios de norte ao sul ou nas estradas empoeiradas, buscando outro destino, algum futuro.
- Porque cada mulher brasileira é uma cidadã que merece respeito.
Por
tudo isso, há ne3cessidade de uma forte estratégia de políticas públicas que
reconheçam as perdas e desvantagens que recaem sobre as mulheres por sua
condição de gênero, raça, etnia, geração, orientação sexual, situação econômica
e deficiência, principalmente, na hora da admissão em funções profissionais.
Porque só com a igualdade entre os diferente teremos justiça e desenvolvimento
social. Só reconhecendo e afirmando as diferenças será possível reduzir o
padrão de desigualdade entre homens e mulheres. Para alcançar a igualdade é
preciso promover ações que gerem a independência econômica das mulheres e lhes
garantam – no campo ou na díade – a igualdade de acesso e de oportunidades.
Porque as nossas diferenças são a nossa identidade. Nossa identidade, enquanto
nação, tem todas as raças, todas as etnias, todas as religiões, Há que se
respeitar nossa terra multirracial. Se não tivéssemos mulheres no parlamento,
nós teríamos a licença maternidade? Nós teríamos uma lei de combate à violência
contra a Mulher? Estes são apenas dois exemplos da importância e a necessidade
de uma maior participação feminina na política. Só com a representação da
mulher na política é possível colocar em debate e elaborar e apresentar leis
que beneficiam não só as mulheres, mas a sociedade. Precisamos na verdade,
cobrar das autoridades programas que possam ser realizados, programas que
tragam respostas e soluções para o nossos problemas. Historicamente, o homem
sempre ocupou posição de autoridade. Muitas técnicas de campanha são baseadas
no que funciona pra os homens. Os eleitores percebem as mulheres de forma
diferente, portanto o estilo da campanha da candidata-mulher deve ser
ligeiramente diferente. Não se deixe colocar na defensiva pelo fato ser mulher,
enfatize as suas qualificações para o cargo ao qual está concorrendo e o seu
compro9misso em servir o público. A autenticidade é uma arma poderosa. Nós,
mulheres tão diferentes, de diferente cantos do pais e do mundo, de diferentes
raças e etnias, de diferentes profissões, temos em comum o compromisso com a
história e do futuro das mulheres. Façamos nossa parte!
Marlene
Mota Zamariolli
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