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Nossa Missão: “Resgatar a auto estima e despertar a cidadania das crianças e adolescentes de Boracéia e região, por meio de iniciativas educacionais, culturais e esportivas, visando à criação de oportunidades futuras para o bem-estar de toda comunidade”.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Jornal´Eco 67

CONHECENDO AS DROGAS
COGUMELOS E PLANTAS ALUCINÓGENAS
DEFINIÇÃO E HISTÓRICO: A  palavra alucinação significa, em linguagem médica, percepção sem objeto; isto  é, a pessoa em processo de alucinação percebe coisas sem que elas existam. Assim, quando uma pessoa ouve sons imaginários ou vê objetos que não existe,, ela está tendo uma alucinação auditiva ou uma alucinação visual. As alucinações podem aparecer espontaneamente no ser humano em casos de psicoses, e entre estas a mais comum é a doença mental chamada esquizofrenia. Também podem ocorrer em pessoas normais ( que não apresentam doença mental) que tomam determinadas substâncias  ou drogas alucinógenas, isto é, drogas que geram alucinações. Essas drogas são também chamadas de psicotimomiméticas por imitar ou mimetizar um dos mais evidentes sintomas das psicoses – as alucinações. Alguns autores também as chamam de psicodélicas. A palavra psicodélica vem do grego ( psico=mente e delos = expansão)  e é utilizada quando a pessoa apresenta alucinações e delírios em certas doenças mentais ou por ação de drogas. É óbvio que essas alterações não significam expansão da mente. A alucinação e o delírio nada têm de aumento da atividade ou da capacidade mental;  ao contrário são aberrações, perturbações do perfeito funcionamento  do cérebro, tanto que são características das chamadas psicoses. Um grande número de drogas alucinógenas vem da natureza, principalmente de plantas. Estas foram descobertas por seres ancestrais  que, ao sentir seus efeitos mentais, passaram a considerá-las plantas divinas, isto é, que faziam com que quem as ingerisse recebesse mensagens divinas, dos deuses. Assim até hoje em culturas indígenas de vários países o uso dessas plantas alucinógenas tem esse significado religioso. Com o progresso da ciência, várias substâncias foram sintetizadas em laboratório e, dessa maneira, além dos alucinógenos naturais, hoje em, dia tem importância também os alucinógenos sintéticos, dos quais o LSD – 25 é o mais representativo. Há ainda a considerar que alguns desses alucinógenos agem em doses muito pequenas e praticamente só atingem o cérebro e, portanto, quase não alteram nenhuma outra função do corpo: são os alucinógenos propriamente ditos, ou alucinógenos primários . THC ( tetraidrocanabioal) da maconha, por exemplo, é um alucinógeno primário. Mas existem outras drogas que também são capazes de atuar no cérebro, produzindo efeitos mentais, mas somente em doses que afetam de maneira importante várias outras funções: são os alucinógenos secundários. Entre este últimos, podemos citar uma planta, a Datura, conhecida no Brasil sob vários nomes populares e sob o nome comercial Artene ( sintético)
Cogumelos:
O uso de cogumelos ficou famoso no México, onde desde antes de Cristo já eram utilizados pelos nativos daquela região. Ainda hoje, sabe-se que o cogumelo sagrado é usado por alguns pajés. Essa planta recebe o nome cientifico de Psilocybe mexicana e dela pode ser extraída uma substância de poder alucinógeno: a psilocibina. No Brasil são encontrados pelos menos duas espécies de cogumelos alucinógenos, uma delas e o Psilocybe cubensis e a outra, espécie do gênero Paneoulus.
Jurema:
O vinho de jurema, preparado á base da planta brasileira Mimosa hostilis e chamado popularmente de jurema é usado pelos remanescentes índios e caboclos do Brasil. Os efeitos desse vinho são muito bem  descritos por José de Alencar no romance Iracema. Além de conhecido pelo interior do Brasil, só é utilizado nas cidades em rituais de candomblé, por ocasião da passagem de ano, por exemplo. A jurema sintetiza uma potente substância alucinógena a Dimetiltriptamina ou  DMT, responsável pelos efeitos.
Efeitos no cérebro – Já foi acentuado que os cogumelos e as plantas analisados anteriormente são alucinógenas, isto é, induzem a alucinações e delírios. É interessante ressaltar que esses efeitos são muito maleáveis, ou  seja, dependem de várias condições como sensibilidade e personalidade do indivíduo expectativa que a pessoa tem sobre os efeitos, ambiente, presença de outras pessoas, etc., como a bebida do Santo Daime. As reações psíquicas são ricas e variáveis. Às vezes são agradáveis ( boa viagem) e a pessoa se sente recompensada pelos sons incomuns, cores brilhantes e pelas alucinações. Em outras ocasiões, os fenômenos mentais são de natureza desagradável, visões terrificantes, sensações de deformação do próprio corpo, certeza de morte iminente etc, São as más viagens. Tanto as boas como as más viagens podem ser conduzidas pelo ambiente, pelas preocupações anteriores ( o usuário freqüente sabe quando não está de cabeça boa para tomar o alucinógeno ) ou por outra pessoa. Esse é o papel do “ guia” ou “ sacerdote” nos vários rituais religiosos folclóricos, que no ambiente do templo, os cânticos etc., são capazes de conduzir os efeitos mentais para o fim desejado.
Efeitos sobre outras partes do corpo.
Os sintomas físicos são pouco saliente. Pois são alucinógenos primários. Podem ocorrer dilatação das pupilas, sudorese excessiva, taquicardia, náuseas e vômitos, testes últimos mais comuns com a bebida do Santo Daime
Aspectos gerais.

Como ocorre com quase todas as substâncias alucinógenas, praticamente não há desenvolvimento de tolerância; também comumente não induzem dependência e não ocorre síndrome de abstinência com o cessar do uso. Um dos problemas preocupante em relação ao consumo desses alucinógenos é a possibilidade, felizmente rara, de a pessoa desenvolver delírios persecutórios, de grandeza ou acessos da pânico e, em virtude disso, tomar atitudes prejudiciais a si e aos outros. WWW.debrid.epm.br       cebrid.unifesp@gmail.com  

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